segunda-feira, 24 de setembro de 2012

The mirror



" Ela detestava a vida dela. Assim como detestava o amor que sentia pelos outros. Altamente destrutiva e egoísta. Fico pensando ás vezes em como deve ser difícil lidar com algo assim. Ela fez do inferno o meu céu mais cintilante... E quando me tocou profundamente fez do céu o inferno. Da mesma forma que conseguiu colorir, ela apagou. Eu pensei que a queria mais que tudo na vida. Mas o botão da camisa que ela amassou faz mais sentido agora. Estranho né?

Eu já não ligo mais o rádio e desejo que toque aquela música.
Preciso ouvir o que ela mais odeia. A música mais ousada, aquela que vai me fazer dançar... Comigo e a deixar sozinha nos seus sonhos mais loucos. Na verdade, ainda a amo. Por mais duro que seja, quanto mais eu tento resistir, menos eu consigo. Um estado de transe. Uma pausa. Uma falha. Respire fundo.

Pois bem, por que te amo assim? Quando mais te vejo solta, mas te quero presa em mim. Quanto mais te vejo sorrindo, mais eu desejo ter seu sorriso como motivo da minha vitória. Ainda te amo.

Eu tento encontrar pessoas que me façam esquecer você. Mas quanto mais eu corro, mais eu te encontro. Me deixa fazer parte de você. Faz parte de mim. Enquanto eu espero... A vida vai passando."

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Primavera, Genebra, Suíça, 2006!





“A única maneira de teres sensações novas é construíres-te uma alma nova. 
Baldado esforço o teu se queres sentir outras coisas sem sentires de outra maneira, 
e sentires de outra maneira sem mudares de alma. 
Porque as coisas são como nós as sentimos – há quanto tempo sabes tu isto sem o saberes? 
 e o único modo de haver coisas novas, de sentir coisas novas é haver novidade no senti-las. 
Muda de alma. Como? Descobre-o tu”.
          (Fernando Pessoa)