domingo, 27 de dezembro de 2009

Sou a gota d'água....

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Encerrando Ciclos...

Pra começar um novo ciclo, talvez o melhor de minha vida, nada como me inspirar nas palavras de meu idolo portugues...

"Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão"  / Fernando Pessoa

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

te olho nos olhos....

Te olho nos olhos e você reclama
Que te olho muito profundamente.

Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente...
Eu te ensinei quem sou...
E você foi me tirando...
Os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.

Eu que sempre fui livre,
Não importava o que os outros dissessem.

Até onde posso ir para te resgatar?

Reclama de mim, como se houvesse a possibilidade...
De me inventar de novo.

Desculpa...se te olho profundamente,
Rente à pele...
A ponto de ver seus ancestrais...
Nos seus traços.

A ponto de ver a estrada...
Muito antes dos seus passos.

Eu não vou separar as minhas vitórias
Dos meus fracassos!

Eu não vou renunciar a mim;

Nenhuma parte, nenhum pedaço do meu ser
Vibrante, errante, sujo, livre, quente.

Eu quero estar viva e permanecer
Te olhando profundamente

( Ana Carolina )

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

More and more....

Nunca uma verdade fez tanto sentido, quanto esta, nos ultimos dias : "As vezes construimos sonhos em cima de grandes pessoas...O tempo passa, e descobrimos que grandes mesmo eram os sonhos e as pessoas pequenas demais para torna-los reais " .
E ainda me coloco a pensar, o que nos faz acreditar que temos o direito de transferir a responsabilidade de sonhos tão grandes a alguem ... se fosse possivel, pelo menos, perceber o momento que entregamos tais preciosidades, seria mais facil impedir, porem sempre somos pegos de surpresa e nos damos conta somente quando notamos aquele sonho em vão!
Dor e Amor! Eis duas coisas que nunca sentimos em igual intensidade...ninguem ama ou sente dor igual ao outro...portanto, o que estou a sentir é meu! E sou eu, a unica responsavel por cessar tais sentimentos...o amor que existia naquele sonho e a dor por constatar que hoje ele é surreal!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Como se fosse à primeira vez


Eu quero acreditar que vou olhar cada dia como se fosse à primeira vez. Ver as pessoas que me cercam com surpresa e espanto, alegre por descobrir que estão ao meu lado dividindo algo chamado amor, muito falado, pouco entendido.
Entrarei no primeiro ônibus que passar, sem perguntar em que direção está indo, e saltarei assim que olhar algo que me chame atenção. Passarei por um mendigo que me pedirá uma esmola. Talvez eu dê talvez eu ache que irá gastar em bebida, e siga adiante,escutando seus insultos,e entendendo que esta é sua forma de comunicar-se comigo.Passarei por alguém que está tentando destruir uma cabine telefônica.Talvez eu tente impedi-lo,talvez eu entenda que faz isso porque não tem ninguém com quem conversar do outro lado da linha,e desta maneira procura espantar sua solidão.
Eu olharei tudo e todos como se fosse a primeira vez- principalmente as pequenas coisas, com as quais já estou habituado, e esqueci-me da magia que me cerca.As teclas do meu computador, por exemplo, que se movem com uma energia  que eu não compreendo.O papel que aparece na tela, e que há muito tempo não se manifesta de maneira física, embora eu acredite que esteja escrevendo em uma folha branca, onde é fácil corrigir apertando apenas uma tecla.Ao lado da tela do computador acumulam-se alguns papaeis que não tenho paciência de colocar em ordem, mas se eu achar que escondem novidades, todas estas cartas, lembretes, recortes, recibos, ganharão vida própria, e terão historias curiosas – do passado e do futuro – para me contar.Tantas coisas no mundo,tantos caminhos percorridos,tantas entradas e saídas na minha vida.
Vou colocar uma camisa que costumo usar sempre,e pela primeira vez, vou prestar atenção à sua etiqueta,a maneira como foi costurada, e vou procurar imaginar as mãos que a desenharam e as maquinas que transformaram este desenho e algo material, visível.
E mesmo as coisas com as quais estou habituado-como o arco e as flechas,a xícara de café da manhã, as botas que se transformaram em uma extensão de meus pés depois de muito uso-serão revestidas do mistério da descobertas do mistério da descoberta.Que tudo que minha mão tocar,meus olhos virem,minha boca provar,seja diferente agora,embora tenha sido igual por muitos anos.Assim,elas deixarão de ser natureza morta,e passarão a me transmitir o segredo de estarem comigo por tanto tempo,e manifestarão o milagre do reencontro com emoções que já tinham sido desgastadas pela rotina.Quero olhar pela primeira vez o sol, se amanhã fizer sol; o tempo nublado,se amanhã estiver nublado.Acima de minha cabeça existe um céu que a humanidade inteira,em milhares de anos de observação,já deu uma serie de explicações razoáveis.Pois eu esquecerei todas as coisas que aprendi a respeito das estrelas, e elas se transformarão de novo em anjo, ou em crianças, ou em qualquer coisa que eu sentir vontade de acreditar no momento.
O tempo e a vida forma transformando tudo em algo perfeitamente compreensível – e eu preciso mistério,do trovão que é a voz de um deus enraivecido, e não uma simples descarga elétrica que provoca vibrações na atmosfera.Eu quero encher de novo minha vida de fantasia, porque um deus enraivecido é muito mais curioso, aterrador, e interessante, que um fenômeno físico.
E,finalmente,que eu olhe a mim mesmo como se fosse a primeira vez que estivesse em contato com meu corpo e minha alma.Que eu olhe esta pessoa que caminha, que sente, que fala como qualquer outra, que eu fique admirado com seus gestos mais simples, como conversar com o carteiro, abrir a correspondência, contemplar sua mulher dormindo ao lado, perguntando a si mesmo com o que ela estará sonhando.
E assim,permanecerei o que sou e o que gosto de ser,uma constante surpresa para mim mesmo.
Este eu que não foi criado nem por meu pai,nem por minha mãe,nem pela minha escola,mas por tudo aquilo que vivi até hoje, que esqueci de repente, e estou descobrindo de novo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Just some feelings...

Nessa epoca eu praticava coisas desse tipo, acões surreais e poeticas...mais conhecidas como Amor... Era um questionamento, mas tambem, e principalmente uma tentativa de acrescentar beleza ao mundo...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

O que sou.

Descrever-me! Acho difícil!
O que sou não é somente o que eu digo quando me descrevo, mas sim e principalmente, o que eu faço daquilo que digo.
O que sou é revelado em meu olhar, nos meus pensamentos, nas minhas opiniões, em toda e qualquer atitude que traduz, verdadeiramente, o que penso.
Loucura talvez exprima um pouco daquilo que é latente dentro de mim, assim como ressaltado por meu amado ídolo: “loucura é sempre um extremo de lucidez, um limite insuportável”.
Experimentei, em meus poucos anos de existência, vários sabores, cheiros, amizades, dores, máguas, abraços, sensações, companhias, filosofias...
Gostei de muitas dessas coisas, sigo e mantenho algumas e trago comigo a saudade de todas elas.
Poucas experiências? Talvez...
Porem todas elas foram vividas com muita intensidade e me ajudaram a concluir que a vida é uma aventura e é preciso vivê-la!
Nada há que justifique uma abstinência ao mundo!
E assim eu me faço, simples e necessariamente pela vontade de fazer, de me divertir muito, crescer, amplificar e transformar os meus pensamentos em sensações.
Se eu me machuco, me dou mal ou sofro?! Não sei dizer, afinal: Importante é a luz, mesmo quando consome. A cinza é mais digna que a matéria intacta.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo

Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo, mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De, que quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor da sombra.
Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direita,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os mesmos pés –
O mesmo sempre, graças ao céu e à terra
E aos meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...

texto de Alberto Caeiro!